Esteira ligada. A velocidade de rolagem aumenta gradativamente até o número desejado. O cérebro manda uma mensagem a algumas glândulas que, por sua vez, começam a liberar hormônios como adrenalina e endorfina. E as batidas variam – 120, 140, 160. Quando se pratica exercícios físicos é muito difícil que os batimentos cardíacos fiquem abaixo de 100 por minuto. Essa é uma das principais reações do corpo em atividade aeróbica – aquela que utiliza oxigênio para produzir energia. 

O coração responde instantaneamente aos estímulos, mas a verdadeira diferença é sentida a longo prazo. “Correr, pedalar, pular corda. Realizando exercícios assim, o coração vai se fortalecendo e ganhando um preparo maior. A pessoa sedentária, por exemplo, tem menor capacidade de aguentar um nível mais alto de estresse ou de fazer esforço”, explica o cardiologista João Pedro Hoefel.

O bom funcionamento cardíaco não está ligado somente a exercícios aeróbicos. Mesmo que indiretamente, a musculação é uma ótima aliada do coração saudável. É uma questão de compensação: uma pessoa com mais músculos tende a não engordar tanto por conta do metabolismo acelerado. Isso ajuda o resto do corpo a se manter saudável e impede que o coração fique sobrecarregado.

É essencial, porém, que antes de inserir qualquer tipo de atividade física na rotina devem seja feita uma avaliação para identificar se existem problemas já estabelecidos. Uma pessoa saudável que começa a praticar exercícios só terá benefícios, mas problemas de saúde podem ser até impulsionados caso não se tenha o devido cuidado.

Ainda assim, João Pedro Hoefel acredita que não é a corrida nem a musculação que proporcionam os melhores resultados para o coração: é tudo isso junto. “O conceito de saúde está ligado à qualidade de vida. Ser saudável não é só estar livre de doenças; exercícios aeróbicos, musculação, acompanhamento nutricional e consultas médicas são os pilares da vida saudável. No fim, o que importa é cuidar de si mesmo”, reconhece.